Estresse, depressão e imunidade a infecções

Autores

  • Mariana Pagliusi Justo
  • Elerson Gaetti-Jardim Júnior
  • Christiane Marie Schweitzer

Resumo

Define-se estresse como uma coativação do eixo límbico-hipófise-adrenal e o sistema simpato-adreno-medular. Inúmeras são as consequências de sua manutenção prolongada, incluindo-se o aumento da susceptibilidade a infecções. O presente estudo objetiva discutir, através de revisão de literatura, a interação entre o estresse, a depressão psicológica e a susceptibilidade a infecções. Foram consultadas as bases SciELO, BIREME, LILACS, MEDLINE e PubMed, selecionando-se 42 artigos publicados entre 1995 e 2017. O estresse mostrou-se capaz de afetar negativamente a reatividade imunológica, principalmente pela diminuição da atividade de células “natural killer” e linfócitos T4 e T8, além de reduzir a secreção de imunoglobulinas na saliva e a resposta humoral. Os neurotransmissores como acetilcolina, serotonina, norepinefrina e dopamina exercem influência sobre a reatividade imunológica e são capazes de se ligarem a receptores na superfície de linfócitos e células do sistema mononuclear fagocitário, as mesmas associadas aos quadros depressivos. Por outro lado, o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal pode ser profundamente modificado pela ação de citocinas como a IL-1, TNF-α, IFN-α, IFN-γ. A resposta imune celular está ligada à expressão de IL-12 por células apresentadoras de antígenos e pode ser profundamente deprimida por corticosteroides, norepinefrina e histamina, liberadas abundantemente em condições estressantes, ao mesmo tempo em que estimulam a liberação de citocinas pró-inflamatórias, exacerbando os quadros depressivos.

Descritores: Imunidade; Infecção; Inflamação; Transtorno Depressivo.

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Publicado

2017-11-26

Como Citar

Justo, M. P., Gaetti-Jardim Júnior, E., & Schweitzer, C. M. (2017). Estresse, depressão e imunidade a infecções. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado de https://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2328