Migrânea: revisão de literatura

Autores

  • Marina Coimbra da Cruz
  • Renan Paes de Camargo
  • Lucas Coimbra da Cruz
  • Nadiane Schiefelbein
  • Daniela Moreira da Cruz
  • Marlene Cabral Coimbra da Cruz

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v10i2.4670

Palavras-chave:

Cefaleia, Enxaqueca com Aura, Enxaqueca sem Aura, Transtornos de Enxaqueca

Resumo

Introdução: Cefaleia representa um problema de saúde pública, podendo ser primárias, quando são por si só a patologia ou secundárias quando são apenas um sintoma de uma outra patologia de base. Objetivos: Revisar as características e pontos principais da migrânea. Materiais e Métodos: revisão narrativa realizada em bases de dados digitais, livros e informações de organizações de referência mundial.  Resultados: A migrânea é um tipo de cefaleia primária de alta prevalência, sendo mais comum em mulheres. Pode ser com ou sem aura – sintomas neurológicos focais que precedem a dor – ou crônica. Caracteriza-se por cefaleia pulsátil, unilateral, de intensidade de moderada a grave, associada a náusea, vomito, foto ou fonofobia e que se agrava com atividades físicas rotineiras. Deve ser diferenciada de outras cefaleias primarias e, quando na presença de sinais de alarme, também das secundárias, em especial se na terceira idade. Fatores como odores e luzes fortes, consumo de bebida alcoólica, certos alimentos, jejum prolongado, distúrbios do sono e ciclo menstrual podem desencadear uma crise. Seu tratamento pode ser farmacológico ou não, além de envolver medidas gerais; e pode ser sintomático ou profilático – mais indicado em casos mais graves ou refratários. Dentre os medicamentos utilizados durante as crises há os específicos (triptanos e derivados da ergotamina) e não específicos (analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais).  Conclusão: Conclui-se que a migrânea deve ser reconhecida e diagnosticada correta e precocemente, objetivando uma terapêutica adequada e individualizada para que se alcance uma melhora na qualidade de vida do paciente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Souza NE, Calumby ML, Afonso EO, Nogueira TZS, Pereira ABCNG. Cefaleia: migrânea e qualidade de vida. Revista de Saúde;6(2):23-6.

World Health Organization (WHO). ATLAS of Headache Disorders and Resources in the World 2011. Genebra, 2011. Disponível em: http://www.who.int/entity/mental_health/management/who_atlas_headache_ disorders. pdf?ua=1. Acesso em: 31 março de 2017.

Cruz MC, Cruz LC, Cruz MCC, Camargo RP. Cefaleia do tipo tensional: revisão de literatura. Arch Health Invest. 2017;6(2):53-8.

Gherpelli JLD. Tratamento das cefaleias. J Pediatr. 2002;78(supl.1):S3-8.

Sanvito WL, Monzillo PH. Cefaléias primárias: aspectos clínicos e terapêuticos. Medicina, Ribeirão Preto. 1997;30(4):437-48.

Classification and diagnostic criteria for headache disorders, cranial neuralgias and facial pain. Headache Classification Committee of the International Headache Society. Cephalalgia. 1988;8(Suppl 7):1-96.

Stefane T, Napoleão AA, Sousa FAEF, Hortense P. Influência de tratamentos para enxaqueca na qualidade de vida: revisão integrativa de literatura. Rev Bras Enferm. 2012; 65(2):353-60.

Jurno ME, Souza MGC, Felipe BL, Barreto EF, Costa MCMM, Matoso AA. Impacto da solicitação de tomografias computadorizadas cranianas na investigação diagnóstica da migrânea. HU Revista Juiz de Fora. 2016;42(3):185-90.

Morais MSBBF, Benseñor IM. Como diagnosticar e tratar cefaleias primárias. Rev Bras Med. 2009;66(6):138-47.

Morillo LE, Alarcon F, Aranaga N, Aulet S, Chapman E, Conterno L et al. Latin American Migraine Study Group. Prevalence of migraine in Latin America. Headache. 2005;45(2):106-17.

World Health Organization (WHO). Media centre. Fact sheet: headache disorders. Genebra, 2016. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs277/en/. Acesso em: 31 março de 2017.

Martins LN, Oliveira OWB, Dutra LQ, Rezende AQM, Dantas EF, Pereira ABCNG. Migrânea com Aura, Qualidade de Vida e Tratamento: um relato de caso. Rev de Saúde Vassouras. 2010;1(1):15-24.

Headache Classification Committee of the International Headache Society (IHS). The International Classification of Headache Disorders, 3rd edition (beta version). Cephalalgia. 2013;33(9):629-808.

World Health Organization. International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems. 10th revision, Fifth edition, 2016. Disponível em: http://apps.who.int/classifications/icd10/browse/2016/en.

Krymchantowski AV, Júnior AAS. Cefaléias Primárias. Rev Bras Med. 2005;62(12):134-51.

Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Associação Brasileira de Medicina Física, Reabilitação, Academia Brasileira de Neurologia. Cefaleias em adultos na atenção primária à saúde: diagnóstico e tratamento. Projeto Diretrizes; 2009. Disponível em: http://www.sbmfc.org.br/media/file/diretrizes/ 06Cefaleias_em_Adultos_na_Atencao_Primaria.pdf. Acesso em: 31 março de 2017.

Goadsby PJ, Raskin NH. Cefaleia. In: Hauser SL, Josephson SA. Neurologia clínica de Harrison. 3. ed. Porto Alegre: AMGH; 2015. p. 41-56.

Wang R, Liu R, Dong Z, Su H, Ao R, Liu Y, Wang Y, Ma L, Yu S. Unnecessary Neuroimaging for Patients With Primary Headaches. Headache. 2019;59(1):63-68.

Swartz RH, Kern RZ. Migraine is associated with magnetic resonance imaging white matter abnormalities: a meta-analysis. Arch Neurol. 2004;61(9):1366-68.

Kurth T, Mohamed S, Maillard P, Zhu YC, Chabriat H, Mazoyer B et al. Headache, migraine, and structural brain lesions and function: population based epidemiology of vascular ageing-MRI study. BMJ 2011;342:c7357.

Specialli JG, Fleming NRP, Fortini I. Cefaleias primárias: dores disfuncionais. Rev Dor. 2016;17(Suppl 1):S72-4.

Carezzato NL, Hortense P. Migrânea: etiologia, fatores de risco, desencadeantes, agravantes e manifestações clínicas. Rev Rene. 2014;15(2):334-42.

Siqueira LFM. Cefaleias na infância e adolescência. Pediatr. Mod. 2011;47(1):5-12.

Farello G, Ferrara P, Antenucci A, Basti C, Verrotti A. The link between obesity and migraine in childhood: a systematic review. Italian J Pediatr. 2017;43(1):27.

Pereira CU, Santos CMT, Monteiro JTS, Silva AFS, Santos EAS. Abordagem das cefaleias no idoso. Rev Bras Clin Terap 2004;30:4-13.

Camargo RP, Cruz MC, Cruz LC, Cruz DM, Cruz MCC. Fatores de Risco para Acidente Vascular Encefálico (AVE). Arch Health Invest. 2016;5(Special Issue3):64

Machado J, Barros J, Palmeira M. Enxaqueca: fisiopatogenia, clínica e tratamento. Rev Port Clin Geral. 2006;22:461-70.

Bordini CA, Roesler C, Carvalho Dde S, Macedo DD, Piovesan É, Melhado EM et al.. Recommendations for the treatment of migraine attacks - a Brazilian consensus. Arq Neuropsiquiatr. 2016;74(3):262-71.

Calvillo MEN. Tratamiento cognitivo conductual de la migraña en el adulto. Actualidades en Psicología. 2006; 20(107):1-21.

Thorlund K, Sun-Edelstein C, Druyts E, Kanters S, Ebrahim S, Bhambri R et al. Risk of medication overuse headache across classes of treatments for acute migraine. J Headache Pain. 2016;17(1):107.

Academia Brasileira de Neurologia. Departamento Científico de Cefaleia. Sociedade Brasileira de Cefaleia. Protocolo nacional para diagnóstico e manejo das cefaleias nas unidades de urgência do Brasil, 2018. Disponível em: Disponível em: https://sbcefaleia.com.br/images/protocolo%20cefaleia%20urgencia.pdf . Acesso em: 31 março de 2017.

Publicado

2020-10-22

Como Citar

Cruz, M. C. da, Camargo, R. P. de, Cruz, L. C. da, Schiefelbein, N., Cruz, D. M. da, & Cruz, M. C. C. da. (2020). Migrânea: revisão de literatura. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 10(2), 307–314. https://doi.org/10.21270/archi.v10i2.4670

Edição

Seção

Original Articles