Distribuição espacial e perfil epidemiológico das notificações da violência contra a mulher em uma cidade do nordeste brasileiro

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v8i10.3814

Abstract

Objetivo: verificar a distribuição espacial e o perfil epidemiológico dos casos notificados da violência contra a mulher em um município do nordeste brasileiro, no biênio 2012-2013. Metodologia: foi realizado um estudo transversal, de base populacional, quantitativo, descritivo, no município de Campina Grande – PB, com base nas notificações da violência junto ao SINAN. O instrumento para a coleta dos dados foi construído com base nos campos disponíveis para as respostas da ficha de notificação, dividido em sete blocos. A análise estatística dos dados foi desenvolvida baseando-se em frequências absolutas e relativas, sendo construído um gráfico de espalhamento de Moran a fim de verificar a distribuição espacial da violência nos bairros de Campina Grande. As análises foram realizadas com auxílio do software estatístico R (RStudio) Resultados: Foram analisadas 109 notificações de violência contra a mulher. Prevaleceram mulheres adultas, não gestantes, pardas, com baixa escolaridade. Houve predominância da violência psicológica e física. Os bairros mais afetados pela violência foram Velame, Malvinas, Bodocongó, Dinamérica, Santa Rosa, Centenário, Catolé e José Pinheiro. Conclusão: foi possível traçar o perfil mais envolvido com a violência contra a mulher na cidade de Campina Grande, devendo ser voltado um olhar mais atencioso à violência doméstica, sobretudo entre pares, com o objetivo de encorajar essas mulheres a denunciarem violências vivenciadas.

Descritores: Violência; Notificação de Abuso; Prevalência.

Referências

  1. Malta DC, Minayo MCS, Soares Filho AM, Silva MMA, Montenegro MMS, Ladeira RM et al. Mortalidade e anos de vida perdidos por violências interpessoais e autoprovocadas no Brasil e Estados: análise das estimativas do Estudo Carga Global de Doença, de 1990 e 2015. Rev bras epidemiol.2017;20(suppl 1):142-56,
  2. Haagsma JA, Graetz N, Bolliger I, Naghavi M, Higashi H, Mullany EC et al. The global burden of injury: incidence, mortality, disability-adjusted life years and time trends from the Global Burden of disease study 2013. Inj Prev. 2016;22(1):3-18.
  3. Silva LEL, Oliveira MLC. Características epidemiológicas da violência contra a mulher no Distrito Federal, 2009 a 2012. Epidemiol Serv Saúde. 2016; 25(2):331-42.
  4. Santos TMB, Cardoso MD, Pitangui ACR, Santos YGC, Paiva SM, Melo JPR et al. Completitude das notificações de violência perpetrada contra adolescentes em Pernambuco, Brasil. Ciênc  saúde coletiva. 2016;21(12):3907-16.
  5. Rates SMM, Melo EM, Mascarenhas MDM, Malta DC, et al. Violence against children: an analysis of mandatory reporting of violence, Brazil 2011. Ciênc saúde coletiva. 2015; 20(3):655-65.
  6. Assunção RM. Statistical assessment of câncer cluster evidence – in search of a middle ground. International. J Epidemiol. 2013;42(2):453-55.
  7. Mendonça MFS, Silva APSC, Castro CCL. A spatial analysis of urban transit accidents assited by Emergency Mobile Care Service: an analysis of space and time. Rev Bras Epidemiol. 2017;20(4):727-41.
  8. Bivand R, Piras G. Comparing implementations of estimation methods for spatial econometrics. J Stat Softw. 2015;63(18):1-36.
  9. Marconi MA, Lakatos EM. Fundamentos da Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atlas; 2003.
  10. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2017 Disponível em: http://cidades. ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=250400 Acesso em: 10/09/2018
  11. Romero DE, Cunha AB.  Avaliação da qualidade das variáveis epidemiológicas e demográficas do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, 2002. Cad Saúde Pública. 2007;23(3):701-14.
  12. R Core Team. R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. URL http://www.R-project.org/. 2014.
  13. Carter PM, Walton MA, Goldstick J, Epstein-Ngo QM, Zimmerman MA, Mercado MC et al. Violent firearm-related conflicts among high-risk youth: An event-leveland daily calendar analysis. Prev Med. 2017;102:112-19.
  14. Deslandes SF, Assis SG, Santos NC. Violência envolvendo crianças no Brasil: um plural estruturado e estruturante. In: Brasil. Ministério da Saúde (MS), organizador. Impacto da violência na saúdedos brasileiros. Brasília: MS; 2005. p. 43-78.
  15. Assis SG, Avanci JQ, Pesce RP, Pires TO, Gomes DL. Notificações de violência doméstica, sexual e outras violências contra crianças no Brasil. Ciênc saúde colet. 2012;17(9):2305-17. 
  16. Bozzo ACB, Matos GC, Beraldi LP, Souza MD. Violência doméstica contra a mulher: caracterização dos casos notificados em um município do interior paulista. Rev enferm UERJ. 2017; 25:e11173.
  17. Almeida FSJ, Coutinho EC, Duarte JC, Chaves CMB, Nelas PAB, Amaral OP et al. Domestic violence in pregnancy: prevalence and characteristics of the pregnant woman. J Clin Nurs. 2017;26(15-16):2417-25.
  18. Koenig LJ, Whitaker DJ, Royce RA, Wilson TE, Ethier K, Fernandez I. Physical and sexual violence during pregnancy and after delivery: a prospective multistate study of women with or at risk for HIV infection. Am J Public Health. 2006;96(6):1052-59.
  19. de Macedo Bernardino I, Santos LM, Ferreira AVP, de Almeida Lima TLM, da Nóbrega LM,  d’Avila S. Intimate partner violence against women, circumstances of aggressions and oral-maxillofacial traumas: A medical-legal and forensic approach. Leg Med (Tokyo). 2018;31:1-6.
  20. Minayo MCS. Conceitos, teorias e tipologias de violência: a violência faz mal à saúde individual e coletiva. In: Sousa ER, organizadores. Curso impactos da violência na saúde. Rio de Janeiro: EAD/ENSP; 2007. p. 24-35.
  21. Veloso MMX, Magalhães CMC, Dell’Aglio DD, Cabral IR, Gomes MM. Notificação da violência como estratégia de vigilância em saúde: perfil de uma metrópole do Brasil. Ciênc saúde colet. 2013;18(5):1263-72.
  22. Cezar PK, Arpini DM. Registros de notificação compulsória de violência envolvendo crianças e adolescentes. Psicol ciênc prof. 2017;37(2):432-45.
  23. Sena CA, Silva MA, Falbo Neto, GH. Incidência da violência sexual em crianças e adolescentes em Recife/Pernambuco no biênio 2012-2013. Ciênc saúde colet. 2018;23(5):1122-24.
  24. Oliveira JR, Costa COM, Amaral MTR, Santos CA, Assis SG, Nascimento OC. Violência sexual e coocorrências em crianças e adolescentes: estudo das incidências ao longo de uma década. Cien saude colet. 2014;19(3):759-71.
  25. Bezerra KS, Araújo Neto F. A violência doméstica contra a mulher no município de Campina Grande – PB. Rev Dat@venia. 2014;6(1):10-15.

Downloads

Download data is not yet available.

Published

2020-04-07

How to Cite

Silva, G. C. B. da, Nóbrega, W. F. S., Melo Neto, O. de M., Soares, R. de S. C., Olinda, R. A. de, Cavalcanti, S. d’Ávila L. B., & Cavalcanti, A. L. (2020). Distribuição espacial e perfil epidemiológico das notificações da violência contra a mulher em uma cidade do nordeste brasileiro. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 8(10). https://doi.org/10.21270/archi.v8i10.3814

Issue

Section

Artigos Originais