Infecção, inflamação e depressão: uma associação relevante

Autores/as

  • Ruan Henrique Delmonica Barra
  • Elerson Gaetti-Jardim Júnior
  • Christiane Marie Schweitzer

Resumen

Os quadros depressivos podem vir a constituir um dos pontos de contato entre diferentes sistemas orgânicos, em particular o sistema nervoso central (SNC) e o sistema imunológico. A literatura vem mostrando que, paralelamente ao desenvolvimento dos quadros depressivos, os indivíduos acabam por apresentar uma maior susceptibilidade a infecções. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi, por meio de revisão de literatura, discutir os principais mecanismos que ligam os quadros inflamatórios ao desenvolvimento de processos depressivos. Foram consultadas as bases SciELO, BIREME, LILACS, MEDLINE e PubMed, selecionando-se 37 artigos publicados entre 2000 e 2017. Observou-se que o aprofundamento da depressão afeta a produção e liberação de interleucinas e citocinas, ao mesmo tempo em que as infecções capazes de produzir respostas inflamatórias intensas apresentam grande capacidade de exacerbar os quadros depressivos. O envolvimento do hipotálamo e do núcleo paraventricular possibilitam dos sinais e sintomas depressivos, como medo, ansiedade, anedonia, anorexia, insônia, e redução da atividade locomotora, enquanto a liberação de citocinas altera a dinâmica da dopamina, serotonina e norepinefrina, capazes de modular as emoções, afetando também a resposta motora. Nesse processo, a produção e liberação de radicais altamente oxidativos pode superar a ação de antioxidantes naturais no SNC, produzindo toxicidade para os neurônios e inúmeros efeitos sobre o comportamento, emoções, características endócrino-metabólicas e locomotoras.

Descritores: Infecção; Inflamação; Transtorno Depressivo.

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Publicado

2017-11-26

Cómo citar

Barra, R. H. D., Gaetti-Jardim Júnior, E., & Schweitzer, C. M. (2017). Infecção, inflamação e depressão: uma associação relevante. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 6. Recuperado a partir de https://www.archhealthinvestigation.com.br/ArcHI/article/view/2336