Lesões do Nervo Radial em Fraturas da Diáfise do Úmero: Experiência de um Hospital Terciário
DOI:
https://doi.org/10.21270/archi.v12i9.6253Palavras-chave:
Fraturas do Úmero, Nervo Radial, Nervos PeriféricosResumo
Introdução: A associação estatisticamente relevante da fratura diafisária do úmero e a lesão do nervo radial, decorrente, principalmente do trajeto anatômico do referido nervo é ainda um dos principais fatores de discussão na atualidade visto que é uma lesão comum, que não possui protocolos estabelecidos e aceitos para o seu manejo. E isso, por consequência, deriva em um espectro de resultados funcionais dos pacientes que apresentam a lesão do nervo radial associada a fratura diafisária. Objetivo: O objetivo desse trabalho é avaliar os pacientes atendidos em nosso serviço de emergência com quadro de fratura diafisária de úmero e lesão do nervo radial associada Método: Estudo retrospectivo baseado na revisão de prontuário que fez analisou todos os pacientes que foram atendidos em nossa unidade de emergência no período de janeiro de 2015 a julho de 2022 que apresentavam fratura diafisária do úmero associada a lesão do nervo radial. Avaliando as variáveis do paciente, inerentes ao trauma e personalidade de fratura, associação com a lesão do nervo radial e o manejo subsequente. Desta forma 80 pacientes foram elegíveis para esse estudo, 23 mulheres e 57 homens, com fraturas da diáfise do úmero. Resultado: Não foi observada diferença estatística entre a Lesão do Nervo Radial e a Classificação AO (p=0,188; teste do Qui-Quadrado), mecanismo de trauma (p=0,832; teste do Qui-Quadrado), complicações pós-operatórias (p=0,087; teste do Qui-Quadrado), gênero (p=0,288; teste do Qui-Quadrado), reabordagem cirúrgica (p=0264; teste do Qui-Quadrado), uso do implante escolhido para osteossíntese definitiva (p=0,684; teste do Qui-Quadrado) e fratura exposta (p=0,100; teste do Qui-Quadrado). Contudo, observamos uma diferença estatística no uso de fixadores externos (p=0,008; teste do Qui-Quadrado). Conclusão: neuropraxia pelo mecanismo do trauma e lesão de partes moles, durante o afastamento do uso de placa em ponte minimamente invasiva ou pelo uso do fixador externo gerando lesão iatrogênica do nervo.
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