Pesquisas odontológicas relacionadas com microcefalia: um estudo bibliométrico

Autores

  • Virgínia Karla Pinheiro de Queiroz
  • Diego Moura Soares

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v8i11.4720

Resumo

Introdução: A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada podendo ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos, como bactérias, vírus e radiação. Objetivo: realizar um levantamento bibliométrico dos estudos realizados no Brasil, por pesquisadores da área da odontologia, que tratam sobre utilizando os dados publicados nos anais da Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica (SBPqO). Metodologia: Uma busca ativa foi realizada em todos os resumos publicados nos anais da SBPqO dos ultimos dez anos (2009 a 2018), utilizando o termo de busca “microcefalia” e avaliou-se aspectos como distribuição geográfica, financiamento, tipo de instituição, objetivo dos estudo e correlação da microcefalia com o Zika vírus. Resultados: Um total de 26.514 resumos foram analisados, desde apenas 10 estavam relacionados com microcefalia, sendo o ano de 2018 o que apresentou um maior número de trabalhos (5 resumos). A maioria dos resumos tratavam de trabalhos associados com a sindrome congênita do Zika vírus (7 resumos). Conclusão: A região nordeste apresentou uma maior produção relacionada a microcefalia e a grande maioria dos estudos associou a doença com a síndrome congênita do zika vírus. Uma maior sensibilização por parte dos pesquisadores a cerca da importância do conhecimento do desenvolvimento e de métodos de melhoria na qualidade de vida dessas crianças deve ser incentivado.

Descritores: Microcefalia; Odontologia; Pesquisa em Odontologia.

Referências

  1. Nunes ML, Carlini CR, Marinowic D, Kalil Neto F, Fiori HH, Scotta MC et al. Microcephaly and Zika virus: a clinical and epidemiological analysis of the current outbreak in Brazil. J Pediatr. 2016;92(3):230-40.
  2. Brasil. Ministério da Saúde do Brasil. Secretaria de Vigilância em Saúde. Monitoramento integrado de alterações no crescimento e desenvolvimento relacionadas a infecção pelo vírus zika e outras etiologias infecciosas, até a semana Epidemiologica 18/2017. Bol Epidemiol. 2017;48: 1-9.
  3. Brunoni D, Blascovi-Assis SM, Osório AAC, Seabra AG, Amato CAH, Teixeira MCTV et al . Microcefalia e outras manifestações relacionadas ao vírus Zika: impacto nas crianças, nas famílias e nas equipes de saúde. Cien saude coletiva. 2016;21(10):3297-302.
  4. De Carvalho NS, De Carvalho BF, Fugaça CA, Dóris B, Biscaia ES. Zika virus infection during pregnancy and microcephaly occurrence: a review of literature and Brazilian data. Braz J Infect Dis. 2016;20(3):282-89.
  5. Siqueira RMP, Santos MTBR, Cabral GMP. Alterations in the primary teeth of children with microcephaly in Northeast Brazil: a comparative study. Int J Paediatr Dent. 2018; 28:523-32.
  6. Cavalcanti AFC, Aguiar YPC, de Oliveira Melo AS, de Freitas Leal JIB, Cavalcanti AL, Cavalcanti SDLB. Teething symptoms in children with congenital Zika syndrome: a 2-year follow-up. Int J Paediatr Dent. 2019;29(1):74-78.
  7. Cavalcanti AL, Melo TRNB, Barroso KMA, Souza FEC, Maia AMA, Silva ALO. Perfil da Pesquisa Científica em Odontologia Realizada no Brasil. Pesq Bras Odontoped Clin Integr. 2004;4(2):99-104.
  8. Schuler-Faccini L, Ribeiro EM, Feitosa IML, Horovitz DDG, Cavalcanti DP, Pessoa A et al. Possible association between Zika virus infection and microcephaly: Brazil, 2015. Morb Mort Weekly Rep (MMWR). 2016;65(3):59-62.
  9. Butler D. Zika virus: Brazil’s surge in small-headed babies questioned by report. Nature. 2016;530(7588):13-4.
  10. Dick GW, Kitchen SF, Haddow AJ, Zika virus I. Isolations and serological specificity. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1952;46(5):509-20.
  11. Bell TM, Field EJ, Narang HK. Zika virus infection of the central nervous system of mice. Arch Gesamte Virusforsch. 1971;35(2):183-93.
  12. Pan American Health Organization (PAHO). Lineamientos preliminares de vigilancia de microcefalia en recien nacidos em entornos con riesgo de circulacion de virus Zika. Washington, DC: Pan American Health Organization; 2016.
  13. Fenton TR, Kim JH. A systematic review and meta-analysis to revise the Fenton growth chart for preterm infants. BMC Pediatr.2013;13:59.
  14. Villar J, Cheikh Ismail L, Victora CG, Ohuma EO, Bertino E, Altman DG et al. International standards for newborn weight, length, and head circumference by gestational age and sex: the Newborn Cross-Sectional Study of the INTERGROWTH-21st Project. Lancet. 2014; 384(9946):857-68.
  15. Brasil. Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde. Protocolo Clínico e Epidemiológico para investigação de casos de microcefalia no estado de Pernambuco. Versão N◦ 02. Pernambuco: Secretaria Estadual de Saúde; 2015.
  16. Maciel MMSA, Silva KBN, Melo JGA, Soares DM. Metodologia ativa aplicada ao ensino odontológico: um panorama nacional a partir de um estudo bibliométrico. Arch Health Invest. 2019;8(2):74-8.
  17. Morosini IAC, Otto WB, Carneiro VL, Oliveira LLRV, Oliveira DC, Ferreira FM. Profile of Brazilian scientific research in pediatric dentistry based on the 26th Annual Meeting of the SBPqO.  Rev Odonto Cienc. 2012;27(2):132-36.
  18. Pontes KT, Silva EL, Macêdo Filho RA, Silva DR, Lima FJ. Estudo bibliométrico da produção científica em endodontia. Arch Health Invest. 2017;6(9):435-38.
  19. Carvalho IF, Alencar PNB, Carvalho de Andrade MD, Silva PGB, Carvalho EDF, Araújo LS et al. Clinical and x-ray oral evaluation in patients with congenital Zika Virus. J Appl Oral Sci. 2019; 27: e20180276.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2020-06-04

Como Citar

Queiroz, V. K. P. de, & Soares, D. M. (2020). Pesquisas odontológicas relacionadas com microcefalia: um estudo bibliométrico. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 8(11). https://doi.org/10.21270/archi.v8i11.4720

Edição

Seção

Artigos Originais