Filosofia Bioprogressiva de Ricketts e Arco Seccionado de Forças Paralelas no Tratamento da Classe II: relato de caso.

Autores

  • Artenio Jose Isper Garbin
  • Bruno Wakayama
  • Izabella Maria Martin

DOI:

https://doi.org/10.21270/archi.v9i1.4820

Resumo

A má oclusão classe II de Angle é uma oclusopatia de alta prevalência na população brasileira, com grandes impactos nas estruturas dentárias, ósseas, bem como na qualidade de vida dos indivíduos. O objetivo deste estudo foi relatar a eficácia do arco seccionado de forças paralelas, no tratamento da classe II divisão 1. O caso clínico refere-se a uma paciente do sexo feminino de 19 anos de idade. O tratamento da má oclusão foi iniciado com o uso do Arco Utilidade ou Arco Base Inferior, a fim de nivelar e corrigir as interferências antero-posteriores, bem como possibilitar a ancoragem do molar inferior. Em seguida utilizou-se o Arco Seccionado de Forças Paralelas, associado ao uso de elástico 5/16 médio, a fim de potencializar a distalização do molar superior, eliminando os efeitos indesejáveis pelo uso do elástico intermaxilar. Após a correção da posição molar em classe I, foram feitos os ajustes finais de fechamento de diastemas, nivelamento e alinhamento. Conclui-se que o tratamento da classe II divisão 1, com base na terapia bioprogressiva com o uso dos arcos seccionados de forças paralelas foi altamente eficaz, possibilitando além da correção da má oclusão, garantir a estabilidade oclusal e a harmonia do perfil facial da paciente.

Descritores: Má Oclusão; Má Oclusão de Angle Classe II; Ortodontia Corretiva.

Referências

  1. Bauman JM, Souza JGS, Bauman CD, Florido FM. Aspectos sociodemográficos relacionados à gravidade da maloclusão em crianças brasileiras de 12 anos. Ciênc. saúde coletiva. 2018;23(3):723-32.
  2. Campos FL, Vazquez FL, Cortellazzi KL, Guerra LM, Ambrosano GMB, Meneghim MC et al. A má oclusão e sua associação com variáveis socioeconômicas, hábitos e cuidados em crianças de cinco anos de idade. Rev Odontol UNESP. 2013;42(3):160-66.
  3. Angle EH. Classification of malocclusion. Dental Cosmos.1899;41:248-64.
  4. Arruda RT, Cruz CM, Crepaldi MV, Santana AP, Guimaraes Junior CH. Trtamento precoce da classe II: relato de caso. R Faipe. 2017;7(1):25-35.
  5. Garbin AJI, Grieco FAD, Rossi LB. Ortodontia de visão. Ribeirão Preto: Editora Tota, 2016.
  6. Seehra J, Newton JT, Dibiase AT. Interceptive orthodontic treatment in bullied adolescents and its impact on self-esteem and oral-health-related quality of life. Eur J Orthod. 2013;35(5):615-21.
  7. Gatto RCJ, Garbin AJI, Corrente JE, Garbin CAS. Self-esteem level of Brazilian teenagers victims of bullying and its relation with the need of orthodontic treatment. RGO Rev Gaúch Odontol. 2017;65(1):30-6.
  8. Gatto RCJ, Garbin AJI, Corrente JE, Garbin CAS. The relationship between oral health-related quality of life, the need for orthodontic treatment and bullying, among Brazilian teenagers. Dental Press J. Orthod. 2019;4(2):73-80.
  9. Dibiase A, Sandler PJ. Early treatment of Class II malocclusion. In: Cobourne MT. (eds) Orthodontic management of the developing dentition. Springer: Cham; 2017. p.151-67.
  10. Janson G, Barros SEC, Simão TM, Freitas MR. Variáveis relevantes no tratamento da má oclusão de Classe II. R Dental Press Ortodon Ortop Facial. 2009;14(4):149-57.
  11. Gimenez CMM, Bertoz APM, Bertoz FA, Vedovello Filho M, Tubel CAM. Momento Oportuno para a Abordagem Ortodôntica no Tratamento da Classe II. UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde. 2010;12(3):5-10.
  12. Capistrano A, Xerez JE, Tavares S, Borba D, Pedrin RRA. APM/FLF no tratamento da Classe II em adulto: 8 anos de acompanhamento. Rev Clín Ortod Dental Press. 2018;17(2):58-71
  13. Ricketts RM, Bench RW, Gugino CF, Hilgers. JJ, Schulhof RJ. Bioprogressive Therapy. Denver: Rocky Mountain Orthodontics; 1979.
  14. Garbin AJI, Grieco FAD, Guedes-Pinto E. Bioprogressiva e reabilitação neuro-oclusal: a evolução da Ortodontia. Araçatuba: Editora Somos; 2009.
  15. Tadesco AF, Oppermann NJ, Duarte MS, Cunha FL, Cavenaghi M. Avaliação do comportamento do eixo facial em pacientes classe II divisão 1, tratados sem extração, com mecânica secccionada e elásticos. RGO. 2005;53(1):67-70.
  16. Ferreira FM, Garbin AJI, Grieco FAD, Rossi LP. Arco seccionado de forças paralelas no tratamento da má oclusão de classe II. Ortho Sci Orthod sci pract. 2014;7(25):58-69.
  17. Lopes MAP, Santos DCL, Negrete D, Flaiban E. O uso de distalizadores para a correção da má oclusão de Classe II. Rev. Odontol Univ Cid São Paulo. 2013;25(3):223-32.
  18. Ricketts RM. Cephalometric analysis and synthesis. Angle Orthod, Appleton, 1961;31(3):141-56. 
  19. Sahad MG, Grieco FAD, Cartaxo ZBP, Guedes Pinto E, Prokopowitsch I, Araki ÂT. Tratamento da má oclusão de Classe II, subdivisão direita, segundo a terapia bioprogressiva. Rev Clín Ortod Dental. Press 2012; 11(1):92-7.
  20. Aranha MF, Garbin AJI, Grieco FAD, Guedes Pinto E, Mendonça MR. Utilização dos arcos seccionados para o tratamento da má oclusão classe II, divisão 2. Rev Clín Ortod Dental Press. 2010;9(3):51-56.
  21. Garbin AJI, Wakayama B, Teruel GP. Tratamento da classe II divisão 1 – uma abordagem terapêutica com a mecânica bioprogressiva e arco seccionado de forças paralelas.  Rev UNINGÁ; 2019;56(S3):71-83.
  22. Loriato LB, Machado AW, Pacheco W. Considerações clínicas e biomecânicas de elásticos em ortodontia. R Clin Ortodon Dental Press. 2006;5(1):42-55.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2020-07-16

Como Citar

Garbin, A. J. I., Wakayama, B., & Martin, I. M. (2020). Filosofia Bioprogressiva de Ricketts e Arco Seccionado de Forças Paralelas no Tratamento da Classe II: relato de caso. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 9(1). https://doi.org/10.21270/archi.v9i1.4820

Edição

Seção

Relatos de Caso